Sonetos : 

Soneto do limiar de uma insanidade anunciada

 


Respiração arfante, entranhas subindo-me à boca,
reflexões salpicam e sopram angústias como tocha,
o mundo inteiro passa-me aos olhos; imagem louca;
sobrepõem-se átimos de psicoses à higidez frouxa.

Ó insensatez! Desde então os signos da demência,
meu espírito queimam, sequer sem restar vestígios,
o desígnio de viver não acorda, abre débil anuência,
permite o frenesi dos desvarios coroar em fastígios.

O átrio de templo obscuro que ora é a elucubração,
lâmpada nenhuma ilumina qual à tenebrosos becos,
mas, não se assombrem se trago os olhos secos.

Só não achem que não hei de saber com leda razão,
conciliar momentos da mente sucumbida aos delírios.
Creiam ! Ainda me assiste lucidez meio aos martírios!

 
Autor
ReflexoContrito
 
Texto
Data
Leituras
640
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
2
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2015 18:26  Atualizado: 22/11/2015 18:26
 Re: Soneto do limiar de uma insanidade anunciada
Gostei do teu soneto!

Muito bom!

Abraços,

Anggela

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/11/2015 18:56  Atualizado: 22/11/2015 18:57
 Re: Soneto do limiar de uma insanidade anunciada
Nem sempre demonstrar lucidez significa isenção da falta de juízo e isso: Não creio que de fato seja possível. A percepção é de cada um nas observâncias do próprio interior.
Hoje você está mais introspectivo que usualmente.