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Poema que nunca foi meu

 
É na solidão que eu me encontro
e me invento através do silêncio
pelas palavras que descubro dentro do meu sentir
e lhes falo docemente, pintando-as no papel branco,
imaginando-as a mais bela tela da minha emoção,
transformo o alvo papel em paleta de múltiplas cores,
vou retirando uma a uma delicadamente
e crio palavra após palavra que se vão aconchegando
no meu anseio de poeta…

E as palavras tomam a forma do meu querer,
rimam nos versos que vão surgindo
como que por arte mágica
e fazem-se metáforas de sentimentos,
agrupam-se em estrofes de sensações
que bailam livres aos olhos de quem as lê
e fazem delas o poema dançado pela melodia
que lhes penetra fundo na alma
e pensam seu, o poema
que eu acabei de criar e já não é meu.

Observo a satisfação de quem o leu
E sorrio, feliz e realizado
Por transmitir um sentimento
em mim latente, para o/a leitor/a
o absorver com a ânsia do seu coração.

José Carlos Moutinho


 
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zemoutinho
 
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Enviado por Tópico
JCJ
Publicado: 22/11/2015 11:20  Atualizado: 22/11/2015 11:20
Da casa!
Usuário desde: 16/10/2015
Localidade: Rio de Janeiro
Mensagens: 368
 Re: Poema que nunca foi meu
Obrigado por vos ler.
Uma bela de uma declaração ao leitor.
Que empolgado só pode agradecer ao poeta.
Abraços.
Gostei muito da leitura.
JCJ