HOMENINO
Autor: Carlos Henrique Rangel
Sou o homenino
Adolescendo em sonhos
Caindo da cama
E levantando quase rindo.
Aprendendo sempre
Que os dias
São os mesmos sempre...
Ou quase.
E que o homem muda
Ao sabor dos ventos...
Sou homenino
Amando e odiando meu amor
Pedindo colo e chorando
Por mim mesmo
Nas horas dos anjos...
Querendo ser feliz no futuro
Com olhos no passado
Com medo do presente...
Sou homenino antigo
Com antigas crises
Desejos caducos
E rebeldia de terceira idade
Brandindo meus cabelos brancos
Com fome de ser.