Amor! Estão juntos numa mesma palavra e no poder inebriante da manifestação desse sentimento áureo dois atributos especiais, de cunho antagônico e características próprias: a alegria da esperança e a dor da angústia. Sem definição ainda se seriam sintomas, apenas indícios ou sinais da materialização da manifestação maior. Ambas deixam pegadas quando se movimentam, fazendo ter efeito as propriedades inerentes a cada uma dessas expressões.
Não são estabelecidas ou convencionadas, sendo cada uma delas um fato verdadeiro por si só: o amor real, verdadeiro tem a peculiaridade de carregar na essência a possibilidade da visualização de predicados dissociados de atributos, quer seja pela natureza, caráter, faculdade ou virtude de cada uma das partes envolvidas no processo.
Necessário sempre foi que se ocorresse um ajuste levando à adequação das demonstrações às conveniências existentes, para que se operasse a incorporação, com total cabimento sem necessidade de adaptação que possa levar à ruptura caso não implantada.
Nem todas as vezes, porém, que a palavra é pronunciada a propriedade primeira se manifesta de forma a contemplar os dois objetos, restando que a segunda se instala em um deles ao menos gerando os efeitos que tão bem conhecemos.
Como revelação primeira e particularidade curiosa, surge desde logo o sentimento de posse, a necessidade do domínio. Uma erupção violenta diante da aparição dos objetos relacionados produzindo os sintomas que tão em conheço derivados dos sonhos que tive e que o destino quis que nunca se tornassem realidade.
18112015
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.