Poemas : 

Mistério ignorado - Lizaldo Vieira

 
Mistério ignorado – Lizaldo Vieira
Porque ninguém sabe nada
Não fiscaliza
Nem reclama do drama
Do licenciamento viciado
A mudança de cor
No horizonte avermelhado
Dá o lugar
Ao horror
Ao cinzento da morte
É instalada a má sorte
Quando o drama fatal
Naquelas paisagens
É entalado
Para o bem dos negocias
Os bichos sem voz
Sem vez
E com muita má sorte
Já estão sentenciados
Pra isso o sol se põe
Bem de tardinha
Em despedida do horizonte
O palco da vida se desmonte
Naquele instante
Outra caracteriza entra sem sena
Começa o dantesco espetáculo
De asfixia
Pra quem não tem terá tempo
De como se defender
No caldeirão quente da fogueira
Bichos nos nichos
Acomodando-se
Querendo descansar
Em paz
Fazer a prole crescer
Já 0utros saem da toca
Trocando de galho
É hora de buscar a janta
Espalhada na relva
Em toda terra
Minada de maldades
La vem tatu
Cobras diversas
Guaxinins
Tamanduás
Tranquilos e inocente
Sem nenhum preparo
Pra fugir da guerra
Nas léguas caveiras
Bichos indefesos
Morrerem aos montes
Assados
Queimados
Sufocados
Muito fogo
E fumaça no ar
Língua de fogo malvada
Lambem num instante
Toda biodiversidade
Daquele pedaço
O colibri desavisado
Não sabe que gente graúda
Por sujo dinheiro
Pinta o diabo
De tudo zomba
Credo em cruz
Azedou o pedaço
Muito fogo no barraco
Corre sapo
Preá
Lagartixa
Foge o bicho preguiça
Pra onde
Tá tudo fechado
Vem fogo de todos os lados
Tão ferrados
Ninguém se salva
É fogo malvado
Vale muita grande
Altos negócios
De bolsas de valores
O álcool
E o açúcar
São bem cotados
No agro negocio
Diacho de bichos vivos
Pra que
Fazem parte do lucro
Depois de queimados
Viram adubo
Assim estão sentenciados
Sem crime algum
Foram de morte condenados
Viva saúde do mercado
Parabéns
Ao vil metal
Pelo aumento da praga de morte
Para os animais em extinção


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
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