Sonetos : 

Estranhas exultações aos pés dos mausoléus

 

Silente cidadela! Desde priscas eras, nelas tant’ as abominações,
desapareceu da vida variada, em seguida, medrando abundante.
Nunca Vozes expertas ouvem, mas na Terra das multiplicações,
soltos correm som, das palavras de ordem de Audaz Comandante.

Não são intempéries para pessoas desiguais, pares quando c’o raios,
troveja como grito que so’ alto, a Emoção conclamando na calada;
a garantir do retirante o Destino, escusos negócios dos reles aios;
são Dinheiros e Vaidades, história una para os encafuados contada.

As pessoas...Desprezo que não fazem em nome d’ Honra reverência!
Vozes as há, entre oprimidos gritantes! Não é traço de u’a deferência,
mas quando imperioso, não hesitaram, às tentações d’ Emergência.

Em si mesmo! Não em moucos peitos ouç’ o Espírito abrir Prisões.
Precioso é o Bem! Dos apóstatas troço, mediais de perdidas Nações,
partilhando Silêncio, dos mausoléus aos pés, em estranhas exultações.






 
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smerdilov
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2015 13:06  Atualizado: 17/11/2015 13:06
 Re: Estranhas exultações aos pés dos mausoléus
Gostaria de ler e analisar melhor o seu soneto, mas o tamanho das fontes,estão pequenas demais,pode por favor me fazer a gentileza de as aumentar??

Agradeço.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2015 17:31  Atualizado: 17/11/2015 17:31
 Re: Estranhas exultações aos pés dos mausoléus
Agradeço sua pronta gentileza,realmente agora posso ter aqui,uma leitura mais confortável.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2015 18:22  Atualizado: 17/11/2015 18:22
 Re: Estranhas exultações aos pés dos mausoléus
Em resposta ao seu poema:

A Esperança

A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.

Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?

Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro – avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!

( Augusto dos Anjos )