Quando me fiz de montanha
Fingiu que não me via e ria
De uma forma muito estranha
Da minha nobre e pobre poesia.
Quando me fiz ser só seu sol
Cobriu os olhos para não me ver
Acobertou o céu com um lençol
Na triste intenção de me esquecer...
Quando eu me fiz de azulado oceano
Nem sequer ousou aprofundar em mim
Fiquei a chorar numa tristeza sem fim
Quando me vi não incluso em seu plano.
Então resolvi me fazer de noite escura
Isenta de lua, apagando a brilhante estrela
O meu coração eu fiz tornar uma pedra dura
Para que meus olhos não possam mais vê-la...
Gyl Ferrys