ESCRITURA
O que busco ao escrever é ser amado.
E penso que há amor no que hei escrito,
Senão não valeria, embora aflito,
Ao verso nem a pena que o há grafado.
O que entendo ao escrever é ter passado:
N'ele se passa tudo à vida sito,
Lavrando-se, afinal e por escrito,
Propriedade e Posse do meu fado.
Sei que não busco ou entendo quanto escrevo.
Tão-somente sei que amo e passo até
Documentar o tudo que ao outro devo.
Represento-me por força do que é
E firmo no papel o que me atrevo...
Do que escrevo e publico sei. Dou fé.
Betim – 04 06 2001
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.