DEVASTADO

Obrigado, karinna*.

Às vezes, as meninas pedem para falar de como eram as coisas no tempo de minha infância e elas acham impressionante o quanto a vida era simples, limitada e sem atrativos.

Elas realmente não entendem como vivíamos sem computadores, celulares e mesmo a atenção e o cuidado que hoje em dia se dedica ás crianças.

Entretanto, eu realmente lamento por esse tempo em que elas vivem, sem ter sequer noção do quanto estão perdendo da vida...

O rio Doce, meu Deus, como imaginar minha infância e adolescência sem esse rio?

O que perdemos não tem preço...

Antes, tínhamos esperança de que se organizássemos comitês de bacia, plantássemos árvores, conservássemos as margens e consumíssemos menos água, o rio voltaria a ser o que fora, reagiria.

Hoje, parafraseando Drummond em relação a Itabira, "É só uma fotografia na parede, mas como dói!..."