Eco poesia- Lizaldo Vieira.
Quão triste
Tanta violação
Serão lutas em vão
Dos atores da causa ecológica
Será possível não conhecer as regras
Imputas pela mãe natureza
E não estabelecer limites
Entre o possível
Com o não permitido
Será possível não indignar se com a malfeitoria humana
Não denunciar o abuso econômico
No uso das espécies bio-diversas
Há de atacar sem dó
Sem trégua
O crime ambiental
Tratando o bandido pelo nome
Verdadeiro marginal
Porque ceifar tantas importante vidas
Das florestas
Nas atlânticas
Cantinas
Pantaneiras
Amazônicas
Papas
E os cambaus
As delegacias dos bandidos ambientais
Estão vazias
Não se tem notícia da apuração
Dos boletins de ocorrência
Falta autoridade moral
Compromisso eco social
Para punir o bandido que polui
Desmata intencionalmente
Só pra ter lucro fácil
São as ciliares
Encostas
Topos de morros
Nascentes
Dizimados pela agropeste-cida
Cadê a foz do velho Chico
O mar engoliu
De tão vazio
Virou lama
E o meu rio Siriri
Por lixo
Veneno
Além do uso excessivo do agrotóxico
Nossa vida vai morrendo
Sumindo do mapa mundo
Definha entre cadeiras de cana
É tanto esgoto
Barragens de dejetos
Faltam autoridades na punição
Cadê Mariana
O Rio doce
Bebendo lama toxica
Será porque o crime ambiental compensa
Mesmo comprometendo as populações humanas
Ribeirinhas
Mineiras
Brasileiras
Índios Xokos
Comunidades quilombolas
Povos tradicionais
Quero uma nova forma de viver
E conviver
Isso por aqui
Está perdido
Não dá mais
Que venha mais calor
Derretendo as polares
As tempestades
Tufões
Furacões
Tsunamis
Tudo faz crê
Que Day final
Finalmente
Está chegando
Com a decisiva colaboração
Dos desumanos
Alegrava-vos ecologistas
Pois não ser pessimista
É não permitir a banalidade
A impunidade do
O crime ambiental
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...