Da mesma velha árvore;
Nascem, frutos distintos;
Que, outrora, eram os mesmos;
Cada um, com seus desejos;
Nascidos, para serem separados;
Caídos, do galho podre;
Tinham a mesma vista;
Recebiam o mesmo alimento;
Da velha árvore, de sentimento pobre;
Ás vezes, é melhor o fruto cair longe;
Ser colhido e levado, para um lugar distante;
Onde, novas árvores, se plantem;
Talvez a velha árvore deseje, morrer só;
Não conseguiu dar amor;
Enraizada na dor;
Amargurada, amargurando a vida;
De quem, com ela conviva;
Caiam jovens frutos, sejam levados.
Antes que se tornem a semente;
Da velha árvore amargurada.
Marcio Corrêa Nunes