Sonetos : 

Soneto da luz e trevas na luz e nas trevas

 



Há escuridão e luz, existe a luz mesmo após os crepúsculos,
palavras tais não se lêem assim amiúde em qualquer brochura,
são verbetes para eles distintos, um grafa-se com maiúsculos,
como brumas fossem impuras ante a esplendorosa brancura.

Nos andares por minhas sendas de fel procurando respostas,
creio eu jamais soube por que os invernos não fazem distinção
não poupam os puros, aos ímpios banindo na neve das encostas,
morre o justo, sem que o pecador expie, e essa é a questão!

Dizia minha mãe, dúvidas faziam minha alma pequena. Ai!...
- " Como pode querer viver imerso entre a escuridão brutal,
desejando que entre escolhidos pelo frio estivesse o seu pai?".


Então, passei a perambular pelo mundo para encontrar a luz,
louvando os invernos, vendo só trevas no claro lume matinal,
no entanto, ter n’olhos brumas num dia claro é o que seduz.










 
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ReflexoContrito
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/11/2015 21:03  Atualizado: 12/11/2015 21:03
 Re: Soneto da luz e trevas na luz e nas trevas
Curvas de sentimento, o pretérito perfeito interpretará.
Sim, existe na foz dos seus verbos incógnitas a procura.
Divergente descobrindo poréns, d’outros a loucura.
A tristeza nos ouvidos que de tal vínculo sempre ouvirá.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/11/2015 23:32  Atualizado: 12/11/2015 23:32
 Re: Soneto da luz e trevas na luz e nas trevas
ter n’olhos brumas num dia claro
morre o justo...
O injusto, morre não!

Amo descansar meus olhos em seus sonetos.

abraço