Em face, um sopro ávido de vida.
Mundo de sonhos na visão do colorido
Do real da ilusão que a direção se duvida
Pelos dedos de quem o indicador é bandido
Tempo que dorme pela norma escrita
Eterniza a dor em meu coração perdido
Pelo vazio da esperança que me permita
Um dia dizer-lhe com o desejo incontido
Que enquanto não sucumbir pelas dores
Viverei na saudade de um retrato poeta
Que mesmo distante o teu olhar em cores
Enxergar-me-á no voar de uma borboleta
Em tom e compasso de canções doces
Com a liberdade do ar que nos completa
Murilo Celani Servo