Prosas Poéticas : 

Sinto você em mim

 



Enquanto sei com tristeza que muitos podem estar em desespero, sinto você em mim, sei do seu amor. Posso ver distante, muito alem dos horizontes. Mesmo havendo entre nós esse imenso oceano. Será que pode ouvir quando meu cantar soa insistente, suave música entoada nos ocasos das minhas tristezas ? Quando a beira do céu parece bordado de fios prateados e vermelhos e que não pode ser executada por outra a não ser você, minha doce amada?


Tento cuidar do coração como uma rosa no mês de julho. Já estiolava, tanta era a angustia gerada das imensas saudade de ouvir sua voz murmurando palavras de amor numa tarde de verão. Como embalados ao sabor das cálidas brisa que conduzem a rainha Mabe na carruagem de noz, tentada a chicotear seus doces lábios. Saiba que com alegria imensa percebo que não me tornarei uma página do seu livro de desencontros.

Sinto você em mim meu amor, doce Jully Mesmo na imensidão dos continentes estou em você e está em mim. Não somos mais dois, somos apenas um só, inseparáveis embalando um grande amor. Sinto sua presença gentil enquanto respiramos o mesmo ar, ao som das mesmas músicas dizemos palavras de amor. Quando numa noite cálida sob raios do mesmo luar trocamos versos de poemas tristes, esperando romper a madrugada

Doce Jully! Amável Jully, se chamar eu vou, vou correndo ao seu encontro. Voando veloz, como alisando as asas dos ventos alíseos. Como soprando velas das jangadas enfunadas, enfrentando ondas de proa sem temor. Vamos provocar a difração das luzes, sabendo que são bem mais de cinquenta os tons do amor. Na verdade, uma paleta inteira de cores e tonalidades, de beijos e abraços, Caricias sutis provocando arrepios de prazer incontido.

Terna Jully! Sempre sussurrando seu nome ao vento, irei ao seu encontro, dividindo as esferas do céu com os pássaros em migração. Partilhando com as andorinhas em revoada o calor e vida que emanam do sol. sempre atento, observado do alto a alegria das borboletas beijando as flores silvestres, não deixando que nos polvilhem com quaisquer cinzas de infortúnios passados. Confiante que deixei de ser apenas ponto de interrogação na página de compromissos da sua agenda. Que não se enganou o destino ao tecer na teia das estradas das nossas vidas, cada linha a ser vivida... a cada dia... a cada noite ... a cada inverno e verão.

13112015

 
Autor
FelipeDelboux
 
Texto
Data
Leituras
433
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
0
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.