No peito um coração ansioso,
Sentimento exalado e honesto!
O movimento se perde num gesto,
Que apaga o sonho mais precioso.
Destino perdido de mim e ocioso!
Desejo simples e sempre modesto;
Quando escrevo por mim manifesto
Indícios de um tempo glorioso.
O olhar que chora encerra brandura,
Não tendo calma continuo sereno,
Mesmo descrevendo sofrimento.
Escrevo com a pena da ternura
Com tinta de lágrimas e veneno,
Saídas do próprio pensamento.
Paulo Alves