INCÔMODOS!
Incomoda-me,
não há um dia sem incômodos,
logo eu que vivo numa casa com cômodos,
com comodidades,
mas vivo incomodado,
por causa dos incômodos dos incomodados,
que não tem cômodos,
isso incomoda-me,
me descômoda,
e falo,
e falo,
e escrevo,
e escrevo,
e poeto,
e poeto,
mas, vendo bem,
sou alguém bem acomodado
com os cômodos que tem,
Mas, e os sem abrigo?
Ah, analiso e me acomodo;
isso não é comigo,
é com o Estado,
eu pra ele sempre desembolsado!
Mas, quem é o Estado?
O Estado não se incomoda
com o estado dos descômodados?
Se calhar, como eu;
acomodado,
vós; acomodados,
com bons cômodos,
esperamos que depois das eleições o Estado mude de modo.
Que modo?
Quantos modos já experimentaram?
No sexo há muito que se passou dos sessenta e nove modos,
agora, há mais e mil um e cada um bué do baril!
Porém, que modo é este, um modo permanente,
de phoder* a gente!?
Ninguém sabe, é evidente,
mas é que um estado,
um modo, um incômodo, lá isso é,
que já é tempo de mudar de oposição
de andar a phoder* o Zé!
Pelo menos, acho quem por cima passe para baixo!
No amor não deve haver ganância,
mas sim alternância;
mudar de posição.
Sempre a mesma não!
Cansa!
Há que renovar o amor à Esperança.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Figas