Sonetos : 

soneto das vontades depauperadas

 


Aprendi com o desespero d’uma sublime tristeza;
houve momentos em que achei que não suportaria,
tantos ônus de tão dura aprendizagem, a aspereza
asilando desses sentimentos nefastos a zombaria.

Reflexos de luzes, longe vi se apagaram graduais,
não tenho mais a fascinação ao ver um céu pálido,
fiz do meu universo nigérrimo átrios dos funerais,
olvidado, hospedo sentimentos num peito esquálido.

Ah ... exasperação corrói! Remorso verme famélico!
Sei que haverá momentos, uns talvez inesperados,
como haverá dias inteiros de intenso pesar babélico

Hoje não desejo volver. Tão só cooptar o desespero,
e se houver razão, nortearei os caminhos ornados;
neles serei expectador das vontades que depaupero.










 
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ReflexoContrito
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/11/2015 14:36  Atualizado: 08/11/2015 14:36
 Re: soneto das vontades depauperadas
É uma escolha de como se quer ver todo a perspectiva do que parece que se está vendo e depois disso vem o sentimento,se perdura ou não é outra questão.