Aprendi com o desespero d’uma sublime tristeza;
houve momentos em que achei que não suportaria,
tantos ônus de tão dura aprendizagem, a aspereza
asilando desses sentimentos nefastos a zombaria.
Reflexos de luzes, longe vi se apagaram graduais,
não tenho mais a fascinação ao ver um céu pálido,
fiz do meu universo nigérrimo átrios dos funerais,
olvidado, hospedo sentimentos num peito esquálido.
Ah ... exasperação corrói! Remorso verme famélico!
Sei que haverá momentos, uns talvez inesperados,
como haverá dias inteiros de intenso pesar babélico
Hoje não desejo volver. Tão só cooptar o desespero,
e se houver razão, nortearei os caminhos ornados;
neles serei expectador das vontades que depaupero.