Se como as verdades, se as engulo sólidas,
necessário saber o que contém a embalagem
daquilo que pode ser aceito como verídico,
uma certeza independe do saber jurídico,
alheia às crenças de qualquer ideologia,
o objeto exato e preciso - o fato real.
Necessário é saber dos nutrientes encontrados
nesse prato por todos apreciado,
mas degustado apenas por poucos.
Qual seria a formula e composição,
dos princípios tidos como verdadeiros,
além da máxima certeza do mendaz vezeiro?
Seria uma premissa na forma de postulado,
pois não dizem que a verdade mora ao lado?
Quiçá seja a franqueza, a honestidade
tanta lisura e transparência
ou esses ficam para a sobremesa,
um pouco ante do café
com caldas doces de boa fé?
Mormente a pureza dos sentimentos
quando se demonstra sinceridade,
seria uma relação de semelhança
que se serve em fina faiança?
Mas o que é real
além dos atributos da realeza,
da antiga moeda portuguesa
e do nosso dinheiro atual?
Se a realidade é só um fato,
como dela cheio um prato.
A adaptação ou harmonia
que se lava na pia,
uma realidade concreta
numa tigela discreta,
com alfaces e endívias
satisfazendo o intelecto?
Um dogma ferrenho,
aferrada crença
de conformidade com o original,
sem diferença,
talvez até uma férrea lei,
mas confesso:
- tudo sobre a verdade que sei,
é que apenas nada sei.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."