Deixe-me aqui sem amor, sem panelas, nem travesseiros, hospedado nas folhas nos pinheiros altos das florestas, quase furando o céu como baionetas dos carabineiros, simplesmente esperar que toda água caia nas frestas .
Como um colibri feliz em volta de bebedouro artificial, sem fé, nem esperanças nas travas de porta de lingueta desprezando as estatísticas da cronometragem final, foi que atingi então perigosamente a fronteira da sarjeta.
Deixe-me aqui, mesmo no segredo hermético que guardo ainda que vier a cair na maior ante- sala depois do inferno, aos tremores e ataques, resignado a carregar este fardo .
Então, mesmo se vier a desaparecer nos acordes de antes, houver às quartas reuniões para aprender mais do moderno, saberei tudo sobre êxtase, agonia e desespero reinantes. 05112015