Poema dedicado aos poetas, poetizas e a todos aqueles cuja sensibilidade permite ler as entrelinhas.
Imerso nos zumbidos da noite desde as alturas, se há longo silêncio não digo estar mais satisfeito; falta-me a visão graciosa dessas ondas tão puras, suportando tal carga maciça oprimindo o peito.
Espáduas são tementes quando ao sumo vergadas, porque nuvens escondem a aura do disco do céu, resíduos danosos, serpentes que riem das rajadas, ao longo das cruzes e raios crepitando em fogaréu.
Se orcas quiçá, um dia, serão felizes no Himalaia, então vamos mensurar a distancia do fogo à praia, constelando os feixes desfeitos de setas de ironia.
Sobre o sentido da tristeza, comentar não queria, desde que do véu de musselina saíram assassinos, todos no céu azul... tão claro... mudo... sem sinos.