Sonetos : 

Sobre o sentido da tristeza

 


Poema dedicado aos poetas, poetizas
e a todos aqueles cuja sensibilidade
permite ler as entrelinhas.





Imerso nos zumbidos da noite desde as alturas,
se há longo silêncio não digo estar mais satisfeito;
falta-me a visão graciosa dessas ondas tão puras,
suportando tal carga maciça oprimindo o peito.

Espáduas são tementes quando ao sumo vergadas,
porque nuvens escondem a aura do disco do céu,
resíduos danosos, serpentes que riem das rajadas,
ao longo das cruzes e raios crepitando em fogaréu.

Se orcas quiçá, um dia, serão felizes no Himalaia,
então vamos mensurar a distancia do fogo à praia,
constelando os feixes desfeitos de setas de ironia.

Sobre o sentido da tristeza, comentar não queria,
desde que do véu de musselina saíram assassinos,
todos no céu azul... tão claro... mudo... sem sinos.




Blog " Palavras desconstruídas"
http://palavrasdescontruidas.blogspot.com.br/








 
Autor
FilamposKanoziro
 
Texto
Data
Leituras
617
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
9 pontos
1
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/11/2015 19:53  Atualizado: 05/11/2015 19:54
 Re: Sobre o sentido da tristeza
Beijo o teu lírio!
Ele é tão lindo!
São gotas caídas do céu.