Os olhos abriam-se, era sempre assim, na cicatriz azul da escrita. No deserto, o pó era apenas uma miragem, de um mar adormecido dentro dos meus seios, sôfregos, amamentar a imensidão da luz, onde o meu corpo se esconde sem se redimir à ignorância do homem sapiens. As aves voltaram e eu continuo sem saber se voarei algum dia.
Mathilde Gonzalez – Pseudónimo de Conceição Bernardino