"... quando cessarem os lampejos
das lâmpadas de neon opalino ...”
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- Ela é única em seu modo de ser-
Ela é mesmo única no modo se ser!
De qualquer janela em que esteja,
pode fazer o mundo amanhecer
num azul que a primavera enseja.
O som da voz suave nesse cenário,
faz nuvens atenderem aos chamados,
repiques dos sinos do campanário,
convocando andorinhas em revoadas
para anunciarem o sol nas estiadas.
A tudo enfrenta sem arquejos,
mesmo sabendo que o destino
quando cessarem os lampejos
das lâmpadas de neon opalino
será o mesmo túmulo, ao meu lado,
por dois ciprestes afiançado
Nem quando usar um casaco preto
com faixas vermelhas nas lapelas,
deixará que sorrisos, todo afeto,
possa escapulir sem mais cautelas.
Dirá que fui doce, com toda certeza,
mesmo quando provocar queixume,
batizando o rosto lívido pela tristeza,
diante da visão dos olhos sem lume,
entre crepes estendido num caixão.
03112015
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©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."
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