Como eu preciso de ver os barcos encostados à muralha,
acabados de chegar, ou prestes a partir.
Quem sabe? Quem me diz?
Como eu preciso dos meus olhos na água,
apressados, com a pressa que as ondas têm...
Já devia ter ido até ao cais
a que chegam todos os barcos depois do verão.
Mas ainda não fui.
Eu aceito.
Aceito, mas não sei por que não param os relógios em agosto,
quando o mar está chão, o sol visível e a areia quente...
Quem sabe? Quem me diz?
Já estamos em setembro,
o mês em que as sombras crescem enquanto o lume se apaga.
E eu já devia ter guardado a nudez para vesti-la
para o ano que vem, quando for tempo para despir a roupa
e regressar.