MAL-AMADA
Não quero mais dizer que não a quero!
Ela que me desculpe, mas não mais!
Fosse aquele d’antanho, esses seus ais
Quiçá me comovessem, porém, mero
E inútil espernear d'alguém que espero,
Sinceramente, não rever jamais?!?
Ah! Mas ela que nem me peça tais
Disparates! Até porque reitero
Saber de repetidas e vãs faltas...
Como se não bastasse a cada dia
O seu próprio cuidado! Todavia,
Tinha um não sei quê... Sim: As vistas altas!
Como se o Universo fosse seu jardim...
Ah! Por que a suportar ainda assim?
Belo Horizonte – 06 06 2001
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.