Contos -> Romance : 

Sofia e a pergunta desejada

 

Sofia finalmente fez aquela pergunta e todos os pássaros do mundo, em resposta pensativamente a acalmaram. Poderia continuar a acreditar na força da ingenuidade. Cada novo dia era como se fosse um novo capítulo, principalmente para quem gostava de andar pelas ruas e becos da c idade, perdido em expansões gástricas, Mas, levando muito a sério as palavras dos bêbados e sem teto que vagavam sem abrigo pelas ruas da cidade grande. O absurdo seria a necessidade de se localizar uma única palavra e continuar a viver como se nada houvesse mudado. O que dificulta por demais a realidade, confundindo com um sonho a mais, tudo em nome da captura da preciosa joia que boiava no rio Nilo. Sofia murmurou:

“- A felicidade é como um guindaste que voou e desapareceu da distância, muito além das nuvens. Poderia ser confundido com um zepelim, mas não quero que pensem que meu nome é Geni. Acorde, Sofia! Sem pressa esta manha para passear nos bosques e jardins públicos. Poderá esconder-se de si mesma, escapando da vistoria dos onipresentes.”

A janela se abriu e a porta se fechou mostrando que no cabide havia pendurados velhos ponchos meio rotos e carcomidos por traças. Com o barulho, Sofia olhou por um longo tempo para o reflexo das águas. Parecia que a pista estava apresentando problemas relativos ao escoamento da água, mas sobre esses aspectos, o especialista era Grimauld, Sempre teve vocação para cobrir distâncias acenando.

“ - Você e eu, ambos ao vivo, numa retroescavadeira entrando no templo de prata. Ao som da canção do vento sombrio sentindo saudades do tempo em que sabia consertar ventiladores”, disse Grimauld.

Com efeito, apesar da idade contrária, nada iria matar a sede dos canaviais. Não sem entrar duas vezes e depois de uma longa conversa no final do dia, às margens do rio, ao contrário da correnteza.

-“ É bom que não haja pressa. Na dúvida e para bem dos soldados desconhecidos, terminei o curso completo de equitação. Vamos então guardar a estrela da noite. Posso fazer um chá com ervas da floresta, tudo do modo que você gostou na primeira vez que nos vimos. Sabe que para mim é como um ginseng.”, disse Sofia, quase sussurrando e tentando fazer uma voz sexy.

“- Foi num dia que estava indefeso e exposto como um alvo de flechas numa competição paralímpica para deficientes visuais totais. Mas confesso que a mudança da distância para o estreitamente do Bósforo vai acabar fazendo ranhuras nas duas metades ainda não fundidas. Melhor seria ficar na estrada, a tudo vendo com um sorriso.” respondeu Grimauld, também num tom carinhoso e suave.

“- Então, é assim que está preocupado com meus amigos? Não podemos nos pendurar nos estribos do bonde nos horários de pico. Uma novidade assim iria colocar-nos num beco sem saída. Mas, as malas sem alças quando novas são boas para dias de chuva. Principalmente na primavera quando todos poder ver os arcos íris coloridos”, respondeu a moça.

Desde que as senhas foram atribuídas, a alma de Sofia permanecia na tesouraria, mesmo sem escudo, lança e adaga em cabido. Mas, sempre com um afetuoso abraço para proteger, por que sempre é mais difícil manter um rosto diferente e alegre a cada dia. A garganta tremia de medo perpétuo do desengano sobre o anel da bisavó. Deveria dormir e na manha seguinte despertar com um whatsapp de aplausos, realçando a sombra e os cílios bem cuidados. Sentiu-se forçada a responder:

“- Vamos, eu e você! Não desistiremos dos sonhos. mesmo que com o inverno o velho quadro comece a rachar. O palmtop está conectado para que possamos amordaçar a empregada e cortar a grama; Assim tudo vai ser discreto. E longe das velharias acumuladas ao longo dos anos pelas senhoras idosas.”

Grimald não gostava de habitações coletivas, e nem de cartas anônimas. Preferia novas trocas de gases e recepções em palácios magníficos pondo nos bolsos do colete o resultado das competições. Desse modo, mesmo que não tivesse uma resposta esclarecedora a reforma havia sido recomendada e o pintor já havia começado com a casinha do cachorro, de modo que, nem sempre, as respostas são coerentes com as indagações.

 
Autor
FilamposKanoziro
 
Texto
Data
Leituras
932
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/10/2015 19:13  Atualizado: 30/10/2015 19:13
 Re: Sofia e a pergunta desejada
Em Bósforo já existe serviço de correios? Até onde sei,eles usavam o serviço dos pelicanos treinados das Melanésias.