O céu desce lentamente
ao encontro dos ombros do universo
descaí em véus mornos
entre fumos de cinzas
nascidas nas vermelhas chamas
(s)em calor de Outono...
Os lábios choram as águas perdidas
nas sombras das não vidas
que calam para o mundo
as frases de realidade
com medo das verdades...
Os gritos afundam-se
em lágrimas incontidas
nas palavras que silencio
na foz do meu rio que corre
nunca invertido
mesmo quando o mar
se agita para não me abraçar...
Calo..não consinto…
Sinto...não falo…
Falo a escrever
na esperança de ver nascer
novos mundos em novos dias
onde as palavras serão alicerces
dos atos não ensaiados
executados com a palma da mão!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...