HÁ DE SE SABER
Há de se saber
Que pele sobre ossos, não mais que isso terei
Que o simples caminhar, penoso me será
Que o leve bafejo,doença poderá trazer.
Há de se saber
Que dos filhos, muito pouco os verei
Que dois minutos a escrever, dois dias parecerá
Que dos novos sabores, pouco hei de conhecer.
Há de se saber
Que dos dias felizes, com menos frequência gozarei
Que a mobilia antiga da sala, mais valor que eu possuirá
Que das cores não vistas, aprecia-las não terei o prazer.
Há de se saber
Que do dito, não me arrependerei
Que do amor perdido, ainda amor ele será
Que com a alma limpa, finalmente irei morrer.
Instagram: edu_augusto
Facebook: Eduardo Augusto Lino