SUTILIDADE
Eu que sou um oceano de mentiras,
Nenhuma gota, de tudo que há
nenhum grão de terra, em toda vastidão do cosmo
me pertence.
Por que não existo, eu vivo.
Sou um elo frágil que une cada partícula,
de cada coisa deste universo.
não importa o que eu faça ou diga ou saiba,
é isso que sempre serei.
Não mais que isso.
Mas além,
Sou a busca pelo finito,
Posto que infinito são as sutilezas da vida.
Me entrego, mesmo sem pertencer
Ao “tudo” que resta.
Meu mérito é ser nada,
Um andarilho desconhecido
Percorrendo o espaço,
Carregando na alma,
A soma do tempo e do vento.
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