POEIRAS
Há poeiras,
assentes em meu corpo,
que vão sedimentando esperanças,
pesando um peso morto
das quase mortas lembranças;
espelhos do passado,
em meu corpo absorto
e o tornam mais pesado,
Estas poeiras,
que em mim vão sedimentando,
um dia,
hão de voar,
como eu sempre voo
com poeiras carregado!
O que sinto é um dó,
que desde nascido,
de poeiras nunca limpo
e tornar a ser pó.
Só sou só,
sedimentado,
enquanto não soprado!
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Autor: deste original inédito Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Figas