O BAILAR DA SAUDADE
(Jairo Nunes Bezerra)
Nunca mais de ti recebi os sucessivos abraços,
E vislumbro sempre a tua rua totalmente solitária...
Visiono o velho cachorro dormitando sem afagos,
À aproximação de um velho poste sem iluminaria!
E nessas noites embora enegrecidas sem luares,
A saudade de ti reina até nas pedras do calçamento...
Para não chorar desvio os meus olhares,
E a passo lento ao meu andar dou prosseguimento!
Sem a tua presença, sem estrelas e sem lua,
Mais triste fica a rua,
Que um dia acolheu os nossos aconchegos!
Pingos d´ águas ressoam na proximidade,
A chuva regressa e a solidão sofre continuidade,
E fujo rapidamente com meus passos tropeços!