As paixões torturam os meus dias
Juro amor eterno, fico a ver navios...
Ela se ri com o seu ar de maresia,
Lava meu pranto num banho de rio.
Insisto-lhe que amar não é besteira,
E só é feliz quem acha a alma gêmea.
Ela se ri com olhar de mulher faceira,
Mostra-me toda a malícia da fêmea.
Digo-lhe que sempre me apaixono,
Mas que sou destinado ao abandono,
Que já não me importo o sofrimento.
Ela me diz que estava a minha espera,
Chego dorido, cansado de quimeras,
E sabe o jeito de calar o meu lamento.