Com a boca do coração,
Farei em ti o amor,
Ao atrair-te a mim,
Com a doçura das palavras,
Que Deus esteja connosco,
E te mande para mim,
Donzela dos meus olhos,
Como uma dádiva dos céus,
Caminho cada vez mais robustecido,
Que a magia te atraia a mim,
Como num milagre de rosas,
E certamente assim serás minha,
Nossos passos serão um só,
Tal como as palavras do olhar,
Que se comunicam entre nós,
Que sejamos nós os dois uma só carne,
Em ti encontro a minha força,
Tal como a energia deste ardor,
Que me faz trabalhar por amor,
Na esperança de um novo encontro,
Te busco sem cessar,
Quase que morro morrendo,
Na alegria de um piscar,
Que se atreve a ser mar,
Tu fazes morada permanente no meu coração,
A este que te anseia ter-te nos braços,
És como uma prisão anelada no intimo do meu ser,
E em mim basta tudo em te querer ver,
És um sonho vivo em pessoa,
Manifestada no intimo de mim,
Na prisão do meu amor,
Na celebração de um hino de graças,
Vem ter comigo,
Pois moras nos meus sonhos,
Na brancura destes vales,
Na troca de um simples sorriso,
Escrevo-te esta carta no profundo do meu ser,
Na amável cortesia de mim mesmo,
Pois anseio tocar nos teus braços,
Na troca de uns beijos nos teus lábios,
Ó minha princesa de Gales como eu te amo,
Na suprema linguagem de um amor platónico,
Na sequência dos meus actos em fervor,
No ardor do desejo da paixão que me invade,
Como me é amável aos meus olhos a tua face,
No calor dos teus braços que suspiram de desejo em ardor,
Nos meus anseios em flecha por amor a ti,
E por conseguinte te quero dizer palavras dóceis no meu olhar,
Mendigo o amor do teu coração,
Mendigo pobre de comoção,
Por esse teu nobre e singelo olhar,
Nas caricias das tuas maravilhosas mãos,
Te amo pura e simplesmente,
Mas as lembranças deixam muito a desejar,
Que me arrepio só de pensar em te beijar,
Pelas tuas palavras que jamais esquecerei,
Acolhe-me na porta do teu coração,
Pois desejo ouvir a tua doce voz,
Num canto melódico de amor,
Nos lábios da tua acalorada paixão,
Que o senhor meus Deus me acuda,
Neste belo e singelo amor,
Que me faz chorar de viva emoção,
Só de pensar em te ter nos meus braços,
Nesta simples guerra em que deveras me encontro,
E quero regressar aos teus braços,
Na maior brevidade possível,
Para te ter no ardor dos meus braços,
Caminho para um largo altar de rosas
Com cheiro adorável de jasmim,
Só de pensar nas tuas palavras eu me enterneço,
E tudo quanto te peço é a nobreza do teu amor,
Suspiro por suspirar,
Mas em breve regressarei
Para os abraços do teu terno e amável ser,
Pois tu fostes a melhor coisa que me sucedeu,
Espero que tudo termine bem
Para depois estar contigo a sós,
Para acalmar a minha solidão
Longe de ti e dos meus,
Sinto deveras saudades por tudo,
E quero agradecer a Deus por estar vivo
No meio desta selva sem fim
Aonde vejo meus compatriotas morrer,
Quão amável é o teu doce olhar
Em decifrar os segredos do meu coração
Em plena comunhão contigo
Que saudades das tuas palavras eu tenho!
Tenho saudades de ler o jornal na tua companhia,
E de ouvir os meus cães ladrarem,
Com o rumor dos teus passos
Que atravessam os meus ouvidos
Minha princesa de Gales
Eu espero que a guerra termine
Para te dizer palavras por amor
Do meu pobre, mas nobre coração,
Estou ansioso por te abraçar nos corredores da nossa mansão,
E de juntar em nós os trapos nesta acalorada paixão,
Que se nos une no desejo afável entre nós,
Como eu te desejo pois te quero tanto,
Até desertava dos exércitos para te rever,
Pois o que eu cá sinto por ti é demais,
Que é de chorar por um pouco mais,
Até mais breve minha fofinha,
Beijos do teu nobre soldado, mas teu eterno amor,
Porém te digo que me falta palavras para descrever isto,
Para descrever o que nos une de facto
Que jamais nos separem do que nos une
Ao amor de nós os dois,
És um milagre de rosas na minha atribulada vida,
Pois tu foste o que melhor me tem acontecido,
E suspiro muito por te ter nos meus braços,
Que Deus me encaminhe a ti mesma o mais breve possível.
Assim seja.