FRENAÇÃO
(Jairo Nunes Bezerra)
Incontinente na reviravolta do destino,
Saí de teus braços e voei pelo amplo espaço...
Sem ti... Sem anjos, fiquei sem tino,
E eis-me aqui desolado!
Lá fora a chuva torrencial é predominante,
E as minhas lágrimas são sucessivas...
Molhado, viro das noites o exímio andante,
Enfrentando águas ostensivas!
Desejo apenas os teus adocicados afagos,
Até mesmo alguns abraços,
Que me envolvam com a emancipação de teu calor!
E a chuva progressiva continua com borbotão,
Embora dela fuja em toda ocasião,
Gesto imensurável de um momento de dissabor!