BULHUFAS!...
Nada de nada. Nada nem nadinha.
Só o zero absoluto; o grito mudo
A ecoar pelo vazio após o entrudo
Sem que houvesse pessoa ali vizinha.
Era coisa nenhuma o que lhe vinha
Sentir por dentro ao peito já desnudo.
Se está fora de si e a par de tudo,
Quando apenas tristeza se adivinha...
É terça gorda? Não: quarta de cinzas...
Nem o coração, até então indômito,
Age se ora o corpo esvai-se em vômito.
Até o céu, pesado em nuvens cinzas,
-- Enquanto à solidão mais nada evoca --
Parece lhe esmagar a cabeça oca!
Betim - 17 02 2015
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.