Tu jogas do céu em que habitas
Pesadas pedras em meu peito.
Palavras amargas e sem proveito,
Esmagas os sonhos que incitas.
Retiras sangue das minhas veias,
Secas meu corpo em cinzas e pó.
Deixas em minha garganta um nó,
Me roubas e vais de mãos cheias.
Mesmo depois de tudo o que fazes,
Peço que volte a alegria que trazes,
Melhor ter a dor que ter um vazio.
Procuro em meu corpo o teu cheiro,
Durmo abraçado no teu travesseiro,
Amargo a saudade e tremo de frio.