Amigo me faz um costado, te peço!
Quem é da minha terra entende.
Que um bom amigo, sempre atende,
Nas horas de dor que nem meço.
Me sirva amigo, apenas mais um gole.
Pra lavar da minha alma todo esse fel.
E que a noite caia como negro véu,
O sono me leve, antes que eu desfolhe.
Meu fiel companheiro, tira-me o juízo,
Traz num torpor o alento que preciso,
Até que adormeça minha alma cansada.
Amanhã eu te encontro, meu fiel amigo,
Caminhemos sem queda, eu consigo,
Se não faço a cama em alguma calçada.