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PRODUTO DO TEMPO

 
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PRODUTO DO TEMPO
 
PRODUTO DO TEMPO
(Jairo Nunes Bezerra)

Trazido pelo vento vejo uma rosa solitária,
Vegeta pelo chão...
Lembro-me de outra de mim visionária,
Prostituída, não alcançou a amplidão!

Quando jovem e graciosa fora uma guerreira,
Amontoava dinheiro com veemência...
A supremacia de um banho fazia-a faceira,
E asseada vendia seu corpo com coerência!

Jovem ainda sentia por ela vexatória atração,
Recusado pesava a humilhação,
O meu dinheiro era escasso!

E hoje vendo-a triste e envelhecida pelas ruas,
Foi-se o desejo de vê-la nua,
Apenas de mim liberado ficou o descaso!




 
Autor
Jairo Nunes Bezerra
 
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