Tende o sol ao poente, com rosto já cansado pelo périplo diuturno exercido regularmente, para satisfação plena das raízes tuberosas cujas folhas ostentam cristais doirados, remanescentes ainda do aljôfar da manhã vernal. Também corações imploram por rosas para que não desapareçam das janelas os jacintos e os gerânios pendentes. Enquanto isso, lírios choram copiosas lágrimas molhando o vidro da janela.
No vaso oval de porcelana, uma rosa, pálida e encharcada ostenta cores de caramelo atraindo moscas. Vagam ao redor, em tentações, diluindo veneno no brilho, mas atormentadas pela febre. Todos sabem que quando se prolonga por semanas a monotonia das tainhas que enfrenta correntes marítimas aquecidas, sempre será necessário considerar cuidadosamente o período da cura. Desse modo, evitando falhas nas faces de clivagem de diamantes evidenciadas principalmente quando entram no palco.