São as palavras que me traem
Nos ímpetos do meu querer e sentir
Elas adquirem vida e saem
Perco o controle de onde possam ir
As vezes elas são fragmentos de flores
Noutras vezes punhal cortante
Podem ser sensíveis filetes de amores
Ora surgem como arrojado cavaleiro amante
As palavras são meus sonhos dourados
Despejo nelas os desejos aprisionados
Há séculos dentro do meu peito
As palavras me mostram o caminho
Quando estou vagando sozinho
Achando que a vida não tem jeito