Sonetos : 

Pétala de solidão

 
Trago ao peito, ainda, uma pétala de solidão,
única que resta da flor airosa que já fomos,
agora, murcha, seca e morta pelo chão,
entregue ao pó da vida de onde somos!

Eu fui pó e nunca vida,
o que resta e nunca flor ...
O que sobra de uma esperança perdida
pois a vida nunca teve por mim amor!

E não há como salvar aquela flor,
jaz morta, apodrecida, pisada pelo chão,
que aos olhos da loucura, enlouquece a própria dor.

E que triste dor ardente
que consome de amargura
o olhar de toda a gente ....


Ricardo Maria Louro
De madrugada....


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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