João, menino levado,
cercava bela Ritinha.
Vivia, nela, grudado,
pedindo uma bitoquinha.
Sempre, um não, recebia,
daquela menina acanhada.
Mais a vontade crescia,
deixando Ritinha assustada.
Eram colegas na escola,
vizinhos da mesma rua.
Ela, com ele, na cola,
ele de olhos na lua.
Tempo passou e o destino,
aos dois, tratou de ajudar.
João não mais um menino,
Rita, o amor, desejar.
Em noite de lua cheia,
palavras soltas no ar.
Nua, deitada na areia,
foi lindo seu despertar.