É quando invento, um refúgio do vento,
Um barco eu faço, de papel almaço.
E a bordo eu fujo, um doido marujo,
Nas asas de um sonho, menino risonho.
Te conto um segredo, morro de medo,
Às vezes eu choro, teu amor deploro.
Saudade eu sufoco, tua foto em foco,
A mágoa que trago, afogo num trago.
Daí fecho os olhos, o rosto eu molho,
Então lembro tua boca, vontade louca.
E refaço meus planos, sonhos insanos,
De fugir contigo, mais que um amigo.