Não há incêndios sem cornetas, nem lá chicotes sem cavalos,
quando pessoas usam jaquetas, fina lã e casacos elegantes.
Deixe que venham das guitarras e canções os doces embalos,
pois as cordas nas amarras tecem acordes e versos troantes.
O sangue estoura nas veias, congelando, partindo dos anseios,
há estrelas nas ameias, mas já se ouvem as cantigas do diabo;
sob um céu vermelho que já foi preto, de dourados permeios,
quebrou o joelho, partiu minha alma como a pedaço de quiabo
Giram as rodas do carro fúnebre do morgue e um par pardais,
diz que não estarei presente por qual motivo, ora não recordo,
além de seus gestos suaves, sua voz e olhar, isso e nada mais.
O proprietário já havia deixado por escrito todas as instruções:
poderiam tocar guitarras, usar brincos na proa e a bombordo,
sob as faias, em maio, pendurando guirlandas de constelações.