Passado, tempo perdido no sonho, idade da inocência adquirida, resvalou por mim vertiginosamente. Presente, tempo feito do medonho, do sobressalto nocturno vivido ao dia estéril em vazio da mente.
Futuros são sóis de hojes adiados por mais uns ontens feitos amanhãs, mero sucedâneo de horas passivas. Roem, vorazes, ideias altivas, as rotinas das noites em manhãs, amas dum universo entrelaçado.
Minutos são espinhos afiados que, cruéis, em mim penetram bem fundo, ignorando meus gritos desvairados por ti perdida, por aí, neste mundo.
Segundos, fontes estéreis, sem água que me dessedente deste ardor. São instrumentos que torturam a mágoa sem mais lágrimas passíveis de dor.