Em meio ao ruído e movimentos da cidade,
tento enganar essa falsa visão da vida;
sonhar com imagens de outras pessoas,
sinos tocando e tantas celebrações.
Tento lutar, sair de mim mesmo,
procurar fulgores e brilhos outros;
dizem que um novo amor apaga o antigo,
apaga a despedida tão dolorosa.
Preencher vazios com sons e imagens outras,
responder levantando de vez a cabeça.
Deixo os sinos tocarem, imagens reluzirem,
na vida ainda resta alguma esperança.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.