Dissolver em prantos
Dilacerante presságio que pressinto
ondas malignas de absurda destruição
neste imenso covil de lobos famintos
feras malditas espreitam na escuridão
Forjado como aço são corações nefastos
no fel destes olhares a maldade escorre
tão profundo ódio pelos motivos gastos
é turba de demônios preparando o corre
Os caninos pontiagudo perfurando as faces
os céus cuspindo fogo em raios malignos
fronteiras derrubadas imperando o impasse
lados contrapostos face aos seus destinos
Peço que me perdoe por desejá-la tanto
navego nos absurdos do meu pensar sem rumo
crio demônios de ventos para meu desencanto
quero matar desejos e dissolver-me em prantos.
Alexandre