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CHÁ DAS LETRAS

 
Tags:  SONETOS 2015  
 
CHÁ DAS LETRAS

Vejo azul sobre branca porcelana
O cortejo das musas ilustrando.
E sirvo à mesa junto com chá brando
A história que das xícaras emana.

Por avesso à conversa mais mundana,
Trago aos serões uns versos vez em quando.
A degustar o mate venerando
Com rimas de poesia soberana.

Vamos todos passando horas amenas,
Enquanto se souber que saboreio
A vida em alegrias tão pequenas.

Às vezes, ao escrever acerto em cheio...
E se agrado agradeço às tão serenas
Filhas de Mneme por tamanho anseio.

Betim - 18 09 2015


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 19/09/2015 05:25  Atualizado: 19/09/2015 05:25
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: CHÁ DAS LETRAS
"Trago aos serões uns versos
com rimas de poesia soberana" sim como o degustar do mate
ou "A vida em alegrias tão pequenas" e depois brindas-nos com as Filhas de Mneme (talvez mesmo Mnemosine que gerou as 9 filhas Mnéias de Zeus), ahhh essas Musas.
Parabéns, afinal é mesmo um chá de letras. Obrigado.

Agradeço-te


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 19/09/2015 10:52  Atualizado: 19/09/2015 10:52
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: CHÁ DAS LETRAS P/RicardoC
Concordo, uma boa ideia lembrar, para não acontecer esquecer... essas nove filhas de Mnemosine e acompanhada de uma chícara de chá saboreia-se melhor a velha mitologia não olhando o Lete mas o nosso lindo Tejo. Gostei muito, Abraço Vólena


Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 20/09/2015 03:20  Atualizado: 20/09/2015 03:22
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: CHÁ DAS LETRAS
ENCYCLOPEDIA

MNEMO′SYNE (Mnêmosunê), i. e. memory, a daughter of Uranus, and one of the Titanides, became by Zeus the mother of the Muses. (Hom. Hymn. in Merc. 429; Hes. Theog. 54, 915; Diod. v. 67; Orph. Hymn. 76; Cic. De Nat. Deor. iii. 21.) Pausanias (i. 2. § 4) mentions a statue of Mnemosyne at Athens; and near the oracle of Trophonius she had a sacred well and a throne. (Paus. ix. 39. § 4, &c.)

MNEME (Mnêmê), i. e. memory, was one of the three Muses that were in early times worshipped at Ascra in Boeotia. (Paus. ix. 29. § 2.) But there seems to have also been a tradition that Mneme was the mother of the Muses, for Ovid (Met. v. 268) calls them Mnemonides; unless this be only an abridged form for the daughters of Mnemosyne.

Source: Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology.