Poemas :
Pálido o luzir privado na falta de anélito
“ Então o assombro um tanto se aquieta,
Que do peito no lago perdurava,
Naquela noite atribulada, inquieta.
E como quem o anélito esgotava
Sobre as ondas, já salvo, inda medroso
Olha o mar perigoso em que lutava,”
A Divina Comédia – Inferno – canto I
Luz!!!!!
Pálido luciluzir privado,
impar como na falta de anélito;
díspar n’ alheio breu ardejada,
assacada na espalda do pária.
Em meio às 'speridades das torres,
relevantes panteões só no escuro,
sob um arco ingente das pilastras
acerbidade tanta já deparada.
Luz!!!
Na falda escassa esplendeu tão-só,
penumbrando rostos e imagens,
apartando das turbas os dorsos.
Porém, vazia é das ledices;
profundamente ora definha,
depois que torpe se acorcovou.
Permaneceu hora após outra,
vigiando silêncios calcados,
calando remoto eco-retumbante,
fazendo medrar sentir hiante
enrijecendo corações.
Luz,
esmaecida mal-ofuscante,
de pensamentos errantes,
vagantes no céu de nuvens,
pálio claro como primavera.
Fica frio coração à alegria
qual por momentos refrangiu.
Hoje, atua fraca, esmaecida,
voou para longe, esparsa,
rápida, imediata, se afastando.
E se foi........
[ ... mas
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he! he!
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voltará quiça alhures causando
tremendo desgosto de frígido vates encarquilhados......
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arrepiando cabelos das testas enrugadas.
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Ora pois ]
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