A transparência da alma comprometida,
No encardido tecido vil da minha pele.
Perdida a inocência da criança crescida,
Nos rastros impuros, à carne me compele.
Num sublime esforço de atingir a alvura,
Vou socando meu queixo consternado.
Como se a dor devolvesse a alma pura
Que se perdeu pela fome de pecado.
Pobre criança que abaixa a sua cabeça,
Buscando evitar que o mal lhe aconteça,
Fugindo de medo da hiperbólica punição.
Dorme menino que o medo assim passa,
Esqueça o raio que assombra na vidraça,
Eleva ao céu tua prece, implora o perdão.