Um dia, houve a separação e tormentos!
Encerrei a alma nos amargores instalados,
agoniado, enterrei quiméricos sentimentos
todos um dia alvissareiros despontados.
O doce anjo que meigo iluminava a vida
não mais ateou vivo lume à penumbra,
deixando-me sozinho a suportar a ferida
saudoso do talhe e feitio que deslumbra.
Nas noites de pesar, de ilusões permeado,
conheci atônito outro mundo perturbado.
Em cicios, tantas foram as recriminações,
tantas as duvidas e inauditas revelações.
Perambulando ora por vale de desditas,
furto-me em sonhos com a luz sublime.
Quedo-me resignado em parcas gritas,
sem decifrar qual foi o meu terrível crime.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.